O ex-ministro Ciro Gomes (PSB) voltou a centrar fogo contra o projeto nacional de seu correligionário e governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Em entrevista a um jornalista de Fortaleza, o socialista disse que Campos estaria “desafiado” a responder duas perguntas: 1) por que o partido não teve candidato quando a Dilma era uma desconhecida e nós resolvemos apoiá-la, e agora teremos, quando ela está postulando a reeleição com dois terços de aprovação popular recorde? 2) Para quê ser candidato?.
A nova declaração de Ciro surge no momento em que Campos aparece no cenário nacional como alternativa ao modelo de gestão adotado pelo PT e apoiado pelo bordão “é possível fazer mais”. Ciro, por outro lado, defende a tese de que é preciso explicar mais. “Se nós temos alguma ideia, temos que colocar em debate agora porque o Brasil está precisando, o governo tem muito problema”, defendeu.
Analistas argumentam que as críticas de Ciro a Campos são motivadas por uma “revanche”. Em 2010, quando o ex-ministro queria disputar a eleição presidencial, Eduardo Campos, que preside nacionalmente o PSB, se entendeu com o ex-presidente Lula e apoiou a coligação que elegeu a presidente Dilma Rousseff (PT).
O irmão do ex-ministro, o governador do Ceará, Cid Gomes, também do PSB, afirma que a candidatura de Eduardo é um desserviço ao partido. “Nem sempre uma candidatura própria é o melhor para o partido”, diz Cid Gomes. “Eu defendo que a gente tenha um projeto nacional. Acho que, estrategicamente, nesse ano que vem, em 2014, é melhor que a gente se fortaleça nos Estados.”O governador de Pernambuco, quando se refere às críticas dos irmãos Gomes, diz que na legenda existe liberdade de expressão e que contribui para o debate interno. Os irmãos Gomes, por sua vez, dizem que não devem deixar os quadros do PSB, como chegou a ser especulado.
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