A prefeitura confirmou, na tarde deste sábado (25), que a quantia de £ 1.457 mil – o equivalente a pouco mais de R$ 4 milhões – já está com os advogados que representam São Paulo.
De acordo a Justiça de Jersey – um paraíso fiscal britânico –, o município de São Paulo foi vítima de fraude. A decisão aponta o ex-prefeito Paulo Maluf como integrante do esquema que teve ainda a participação dos filhos de Maluf e de uma das noras dele.
Segundo a investigação, a fraude começou com o superfaturamento na construção de uma avenida na Zona Sul da cidade. Os promotores afirmam que uma empreiteira alimentava um esquema de propina que tinha como destino final contas bancárias nas Ilhas Jersey, controladas por empresas da família Maluf. Para tentar mascarar a operação, o dinheiro passava por Nova York. E foi dali que surgiu a principal prova do caso. O registro da conta, onde aparecem o nome de Paulo e Flávio Maluf. Segundo os promotores, os depósitos eram feitos nessa conta.
“O pagamento da propina era uma exigência do ex-prefeito. Senão, primeiro ele não contrataria a empresa, e, segundo não pagaria a empresa durante a realização da obra ou causaria algum problema no momento do pagamento do valor da obra para a empresa”, diz o promotor Silvio Marques.
Segundo o promotor, as empresas ligadas à família Maluf terão que pagar ainda o equivalente a R$ 52 milhões. Paulo Maluf foi procurado durante todo o dia, mas não quis comentar o assunto. A assessoria de imprensa do deputado federal informou que ele não tem advogado no Brasil para tratar do caso e que não há provas de que o dinheiro no paraíso fiscal seja dele.
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