
Os militantes saíram em caminhada pelas ruas às 16h20 em direção ao centro da cidade, mais precisamente para a Praça Vermelha, onde acontece o encerramento do ato. Logo em seguida está marcado um show na Ribeira. Eles seguravam faixas e cartazes que pediam a descriminalização do uso da droga e se mobilizaram ao som de reggae e do grupo pau e lata, que seguiu tocando durante o movimento. "Dilma Rousseff legalize o Back", "Arroz, feijão, maconha e educaçao" e "fora Marco Feliciano" foram algumas das palavras de ordem entoadas pelos manifestantes.
Segundo Leilane Assunção, doutora em Ciências Sociais pela UFRN e uma das coordenadoras da manifestação em Natal, a escolha pelo Alecrim para realização da marcha este ano foi pelo fato ser um bairro popular e assim trazer a pauta do movimento para mais perto de todas as parcelas da sociedade.
Ela explica que a "maior droga é a proibição", pois muitos jovens só experimentam as drogas pelo fato de ser proibido, e defende que com a legalização do uso da maconha haveria uma redução no tráfico e nos altos índices de violência registrados no Brasil.
"Hoje em nosso País se investe mais em criar vagas em presídios do que em escolas. Com a legalização a sociedade terá um grande benefício, pois diminuiremos a violência e o tráfico. Em outros países onde a maconha já é legalizada temos exemplos disso e também de que não houve aumento do uso pelo fato de não haver proibição", disse Leilane.
Já o bacharel em História e membro do Coletivo Canabis Ativa, Diego Castro, ressalta que a marcha também luta contra o crime organizado, cujo lucro do tráfico vai para a coorrupçao e latrocínio."Essa não é uma luta de maconheiros, mas sim de pessoas que querem acabar com a criminalização da maconha", destacou.
A Marcha da Maconha vai acontecer também em outras capitais do Nordeste, em Salvador (BA) o movimento está previsto para este sábado (25) e em Fortaleza (CE) no próximo domingo (26). Em Recife a marcha aconteceu no último dia 19 e na cidade de Olinda está prevista para ocorrer em 1º de junho.
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