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terça-feira, 28 de maio de 2013

Desembargadora sofre ameaça de morte por combater corrupção no Acre

 O presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), Raimundo Nonato da Costa Maia, disse nesta terça-feira, em Rio Branco-AC, durante entrevista coeltiva, que a desembargadora Denise Castelo Bonfim está ameaçada de morte. As ameaças já foram comunicadas ao presidente do Tribunal de Justiça do Acre, desembargador Roberto Barros.

- A desembargadora, que atingiu pessoas que exercem cargo de relevância na administração, de repente se vê atacada e, pior, se vê ameaçada. Ela tem recebido ligações não identificadas, em seu celular, a ameaçando de morte, além de um boato, promovido dentro da penitenciária, que ela deveria ser eliminada. Quero dizer bem claro que esse tipo de intimidação em nenhum momento vai fazer qualquer juiz recuar ou deixar de cumprir o seu dever. Nós, quando assumimos esse papel de magistrado, prestamos um juramento perante a sociedade, a Constituição e as leis. Nós iremos cumprir a nossa missão, doa a quem doer, sem recuar em nenhum momento. Nós hipotecamos total apoio à desembargadora, deixando bem claro que não é nenhuma ameaça que vai intimidar o Poder Judiciário do Acre e seus juízes – afirmou o juiz Raimundo Maia.

O presidente da Asmac acrescentou que vai pedir a intervenção do presidente do Supremo Tribunal Federal no caso. A desembargadora Denise Bonfim foi quem autorizou a Polícia Federal a realizar prisões preventivas, busca e apreensão e de condução coercitiva, bloqueio de bens e compartilhamento de provas durante a Operação G-7, que já prendeu 15 empreiteiros e secretários do governo do Acre envolvidos com o grupo de sete empresas de construção civil que atuava de modo articulado para fraudar licitações de obras públicas no Acre.

A Polícia Federal já indiciou 22 pessoas por formação de um suposto cartel para fraudar licitações e contratos no governo do Acre. Entre os indiciados, dois secretários de Estado, além de  Tiago Viana Neves Paiva, sobrinho do governador Tião Viana (PT).

A PF anexou relatório complementar com citações ao governador e uma conversa telefônica dele com um dos investigados para que o Tribunal de Justiça avalie se abre apurações sobre seu suposto envolvimento no caso ou encaminha o material ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O presidente da Asmac relatou as ameaças durante uma entrevista coletiva a respeito das "declarações acusatórias" por parte de políticos acerca da atuação de magistrados, bem como do judiciário acreano, na investigação da Operação G7, da Polícia Federal.

O governador Tião Viana e os senadores Anibal Diniz e Jorge Viana, ambos do PT, têm criticado duramente a atuação da Polícia Federal e da Justiça. No sábado (25), durante plenária do partido em desagravo ao governador, Diniz atacou a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça por causa das investigações da Operação G-7.

- Um ano e seis meses de gravação, de procura com lupa, como cães farejadores tentando encontrar alguma marca de corrupção neste governo (…) A Polícia Federal, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça estão a serviço de uma oposição que quer, a todo custo, tomar o poder a custa de mentiras.

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