O ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, determinou ontem a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico do deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B-SP).
Ele é investigado sob suspeita de ter recebido propina quando chefiou, como delegado da Polícia Federal, a Operação Satiagraha, que prendeu Daniel Dantas.
Também terá o sigilo telefônico quebrado o empresário Luiz Roberto Demarco, ex-sócio de Dantas e que se tornou um de seus principais adversários numa disputa para conseguir o controle da empresa Brasil Telecom.
Os pedidos foram feitos pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel no final de abril, dando seguimento a uma investigação da primeira instância da Justiça Federal de São Paulo, que apurava supostas relações ilegais entre Demarco e Protógenes e constatou a existência de diversas ligações telefônicas entre eles durante as investigações da Satiagraha.
A Folha tentou contato com Protógenes e com os advogados do empresário, mas não conseguiu localizá-los. Pelo Twitter, o deputado afirmou que Roberto Gurgel "fez parecer favorecendo a defesa com fatos mentirosos".
A Operação Satiagraha, deflagrada em 2008, investigou supostos crimes financeiros cometidos pelo Opportunity, de Daniel Dantas. O empresário foi preso duas vezes e foi solto nas duas ocasiões pelo ministro Gilmar Mendes.
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