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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Badan insiste em tese de crime passional no caso PC

O legista Fortunato Badan Palhares insistiu ontem, em depoimento ao júri, na tese de que Paulo César Farias foi vítima de crime passional, a mesma hipótese sustentada pelos advogados dos quatro réus acusados de duplo homicídio por omissão. No terceiro dia de julgamento, Badan admitiu, no entanto, que os laudos assinados por sua equipe continham um "lapso": não estava registrada a altura de Suzana Marcolino, a namorada de PC, que, segundo Badan, se suicidou. A altura de Suzana é um dos argumentos do grupo que, mais tarde, sustentou a tese de duplo homicídio, na casa de praia de Guaxuma, em Maceió, em 1996.

- Pelos anos de vida que tenho, tenho certeza absoluta de que ali teve um homicídio seguido de suicídio - disse Badan na parte final do depoimento.

Badan usou imagens fortes para costurar seus argumentos, como os registros dos corpos na cama e das exumações, uma semana após o enterro. O perito, que corroborou o primeiro laudo sobre o caso, assinado por outros dez especialistas, ainda explicou por que, antes de chegar a Alagoas, defendeu que houvera duplo homicídio.

- Tinha uma ideia diferente do caso. Ao chegar a Alagoas, vi que os peritos tinham feito um ótimo trabalho apesar das condições técnicas. Mudei 100% de opinião - explicou.

Enquanto Badan defende a tese de homicídio seguido de suicídio, seis peritos, sob a batuta de Daniel Romero Munõz, identificaram a ocorrência de duplo homicídio. Munõz tem depoimento marcado para hoje.

O promotor Marcus Mousinho sustentou durante o depoimento que outro laudo, elaborado oito dias após a morte de Suzana, não apontava a existência de chumbo, bário e antimônio nas mãos de Suzana, produtos normalmente encontrados na pele de quem efetua disparos com arma de fogo. Para Badan, a presença desses elementos não é "necessariamente" obrigatória.

- Nem toda vez que há disparo há resíduo na mão - sustentou.

Primeira perita que esteve na cena do crime, Anita Buarque de Gusmão também prestou depoimento e disse não havia vestígios de que uma terceira pessoa tenha entrado no quarto. E negou ter sofrido pressão para assinar o laudo.

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