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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Vaias, sufoco, empate, virada, vitória. Ufa!

INVENCIBILIDADE 

           JÁ disse mil vezes, repetirei mais mil, se preciso for. Ninguém é mais sábio que o torcedor de futebol. Quando ele se manifesta através de vaias é porque algo está lhe incomodando. Ele não vaia à toa, nem vaia porque quer. 

QUANDO das arquibancadas borbulhantes começa a se ouvir o nome de determinado jogador está coberto de razão. Uma maneira de alertar o técnico de que há algo dentro de campo. Alguém não está correspondendo ou, se for o caso, quebrando a bola. Tanto faz. 

RETRATO fiel do que aconteceu ontem no PV. O Fortaleza perdia de 1 a 0, gol surpreendente do Treze, em contra-ataque que pegou a defesa de calção curto. Falha principalmente do zagueiro Micão, que pagou caro por ela. Foi a primeira vítima das vaias toda vez que pegava na bola.

OUTRA clara demonstração de descontentamento quando o Tricolor estava em desvantagem no placar. Do lado de fora, somaram-se as vaiais ao zagueiro Micão, com gritos exigindo a entrada de Cléo. As duas manifestações tinham de ser. A falha de Micão foi imperdoável. A presença de Marcelo Régis no ataque, de tão ruim, era menos um em campo.

VICA ainda assim demorou muito a mexer na equipe. Os gritos da torcida entraram num ouvido e saiam no outro, especialmente em relação à entrada de Cléo. Seu receio era de que se mudasse Marcelo Régis no decorrer da partida, poderia acabar com a carreira do jogador. Foi uma espera angustiante enquanto o torcedor exigia atitude imediata. A vantagem do Treze incomodava e provocava comichões.

QUANDO Cléo entrou no segundo tempo, nos seis primeiros minutos, já havia chutado cinco bolas em direção ao gol. Quase um chute por minuto. Incendiou o jogo, incendiou a torcida, motivou o Fortaleza pra empatar e virar o placar em apenas 45 minutos. Era a resposta de que a torcida tinha razão ao exigir sua entrada. 

PORÉM compensou. Waldison, que tem faro de gol, empatou, desnorteando o Treze. É seu terceiro gol, em três jogos, em três vitórias seguidas. Ele é o cara que sabe balançar as redes. Faltava só o gol da virada que pintava a todo minuto, diante das incontáveis chances perdidas por conta da ansiedade. Não é fácil lidar com ela quando os minutos voam. 

QUIS o destino, sempre ele, que o autor do gol fosse o vaiado zagueiro Micão, chegando como elemento surpresa na área do Treze. Aquele gol teve significado especial. Era o troco às vaias, transformadas em aplausos e gritos do seu nome. Saiu de campo de alma lavada. 

OS 2 a 1 representaram muito para o Fortaleza. Senão vejamos. Recuperou os pontos perdidos, galgou o G-4, dividindo as honras com outro cearense, caso do Icasa, que no Romeirão venceu o Guarany de Sobral por 1 a 0. Para quem até outro dia tropeçava na própria sombra de erros e incompetência, o Fortaleza, três vitórias seguidas, passou à torcida a certeza de que as mudanças feitas, principalmente troca de técnico, razão cabe a diretoria. Foi pra melhor. Os números não deixam mentir.

MUDOU PARA PIOR...OITO jogos sem perder, entre empates indigestos e vitórias sufocantes, o Ceará viu ruir por terra sua invencibilidade ao perder de 1 a 0 para o Paraná. Repetiu-se a mesma sina de levar gol em todo jogo. Nem a troca de goleiro, Fernando Henrique barrado por Adílson, evitou o pior. No gol do Paraná, meia cancha e defesa viram o autor sair do seu campo, sem ser assediado por ninguém e acertar um foguete da entrada da área. O Ceará voltou a repetir os mesmos erros de sempre. Um time confuso, recheado de pontos vulneráveis, que nem as mexidas feitas produziram qualquer efeito positivo. Antes pelo contrário...

EM ALTA

CLEO
Nos seis primeiros minutos em que jogou, cinco chutes em direção ao gol. Incendiou o jogo

EM BAIXA

CEARÁ
Perdeu por 1 a 0 no sábado e deixou escapar invencibilidade de oito partidas sem derrotas. Logo para o Paraná, um calo no pé 

DERROTA DO CEARÁ

Nem a troca de goleiro evitou o pior
Nem a troca de Fernando Henrique por Adílson evitou a derrota do Ceará para o Paraná, no sábado

"Já disse e vou repetir: Ninguém é mais sábio que o torcedor de futebol. Quando há vaias, algo está errado"

"Foi isso que aconteceu no jogo de ontem no estádio Presidente Vargas. Após série de falhas, série de vaias"

"Apesar das vaias, Vica demorou muito a mexer na equipe. Gritos da torcida pareciam não incomodar"

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