Uma múmia inca de 500 anos de idade encontrada congelada na beira de um vulcão na Argentina estava com infecção no pulmão quando foi sacrificada, afirmaram cientistas em um estudo publicado nesta semana pela revista “PLoS ONE”.
O corpo é de uma menina de 15 anos e estava em 1999, na região do vulcão Llullaillaco, na Argentina. Ele foi descoberto com outra múmia, que não apresentou indícios de doenças.
A múmia ficou conhecida como “A Donzela” e a análise só foi possível devido ao bom estado de conservação do corpo, que estava tão bem preservado que arqueólogos conseguiram encontrar até piolhos nos cabelos.
Múmia passou por 'bateria de exames'
De acordo com os pesquisadores, o perfil proteico da múmia era semelhante ao de pacientes com infecção respiratória crônica e a análise do DNA apresentou bactérias do gêneroMycobacterium, responsável por causar a tuberculose, por exemplo.
De acordo com os pesquisadores, o perfil proteico da múmia era semelhante ao de pacientes com infecção respiratória crônica e a análise do DNA apresentou bactérias do gêneroMycobacterium, responsável por causar a tuberculose, por exemplo.
Além disso, exames de raios X feitos no corpo da menina inca mostraram sinais de infecção pulmonar no momento da morte. A descoberta, feita com uma nova técnica de esfregar cotonetes nos lábios da múmia e comparando-os com amostras de pacientes atuais e do genoma humano, vai ajudar no estudo sobre defesa contra novas doenças.
De acordo com Angelique Corthals, da Universidade da Cidade de Nova York, que é uma das autoras do estudo, a técnica pode auxiliar a descobrir informações sobre como a gripe de 1918 foi tão devastadora no mundo ou ainda melhorar a compreensão sobre possíveis ameaças à saúde da população no futuro, como o surgimento de agentes infecciosos ou doenças que reaparecerem (chamadas de re-emergentes).
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