O terno é capaz de inspirar confiança e definir o lugar em que o homem se encaixa na sociedade, por isso é peça fundamental no closet do executivo. Desde o século XVIII foi uniforme de reis e estadistas. Há pelo menos 150 anos, vestimentas escuras e camisas brancas inspiram lisura e impõem respeito. Mas hoje, com a convivência com a Geração Y, há mais espaço e tolerância para a personalização dos trajes que reafirmam a escala hierárquica de poder e elegância. Confiantes dessa desobrigação do traje ideal, nem todos os candidatos usaram terno ou blazer no Debate da TV O POVO. Renato Roseno dispensou o blazer, dobrou as mangas e usou jeans. Marcos Cals e Roberto Cláudio usaram jeans com blazer sem gravata. A tentativa de um visual mais despojado talvez gere aproximação com o eleitor. Moroni Torgan, Elmano de Freitas, Heitor Férrer, Inácio Arruda e Valdeci Cunha preferiram a segurança do costume. A gravata vermelha que faz parte dos manuais de política, por chamar atenção e destacar os candidatos entre os demais na TV, não foi regra nem para o candidato do PT: Elmano escolheu uma listrada de vinho e azul.
Todos os candidatos negaram ter orientação de personal stylists para se vestir. Heitor Férrer foi o único que afirmou ouvir a coordenação da campanha sobre o que usar, mas disse que suas escolhas acabam sendo sempre pautadas pelo estilo pessoal. Todos se negaram a dizer onde tinham comprado suas roupas.
1) A gravata de Elmano: o acessório é símbolo de seriedade e foi aposta de cinco dos oito candidatos presentes no debate; 2) Renato Roseno sem terno, mas preocupado em combinar o couro marrom do relógio, cinto e sapatos; 3) O xadrez Príncipe de Gales do blazer de Inácio é o mais tradicional das alfaiatarias. Se houvesse votação para o mais elegante, o candidato lideraria o ranking; 4) O detalhe da lapela de Heitor Férrer, o deputado é sempre fotografado com um inseparável broche da Unale - União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais. Seria um amuleto?
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