E você é contra ou a favor da redução maioridade penal?
SOU CONTRA
SOU A FAVOR
PARA MIM TANTO FAZ
Votar
resultado parcial...

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sindicato rejeita petição e ânimos acirram

   Duas cartas de renúncia, uma petição rejeitada, parte de uma categoria dizendo-se disposta a nova mobilização para contestar o fim de uma greve e uma reunião cujo saldo foi adiar a convocação do colegiado responsável por definir um novo calendário acadêmico. Está ainda mais tenso o clima entre os professores das universidades Federal do Ceará (UFC) e da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e a entidade representativa da categoria. Embora assembleia no último dia 22 tenha decido pelo fim da greve, a paralisação prossegue.


Horas após o presidente e a secretária-geral do Adufc-Sindicato, Marcelino Pequeno e Marília Brandão, apresentarem ontem comunicados sobre a saída de seus cargos, a autarquia emitiu parecer contrário à petição elaborada pela oposição solicitando nova assembleia para deliberar sobre o fim da greve, deflagrada em 12 de junho. O documento foi protocolado na última quinta-feira. Continha 588 assinaturas. A reitoria da UFC também recebeu-o.

Segundo a diretora do Adufc-Sindicato, Mirtes Amorim, a recusa deu-se pela impossibilidade da comprovação de 10% dos apoiadores da petição serem filiados ao órgão. “A assessoria jurídica considerou que não estava dentro das exigências legais. Como se tratava de uma petição virtual (com assinaturas coletadas via Internet), sem a obrigatoriedade de identificação, não tínhamos como identificar quem era associado.”

A decisão gerou revolta. “A sensação é de estranhamento, já que outras petições foram aceitas e nunca questionadas. Isto mostra que, quando não interessa à diretoria da Adufc, se derruba”, defendeu a professora Maria do Céu de Lima.

Um revide foi posto em prática logo após a divulgação do parecer: a tomada da junção de novas assinaturas. Desta vez, de forma presencial/manual. O jardim da reitoria da UFC foi escolhido como ponto de coleta.

Tão logo os 10% de associados sejam alcançados, outra petição será apresentada. Antes disso, um ofício será enviado ao reitor da UFC, Jesualdo Farias, pedindo a não-tomada de medidas de retorno às atividades antes da resolução do conflito de base. “E vamos fazer as ações jurídicas necessárias”, adiantou Maria do Céu. Às 14 horas de hoje, os discordantes do fim da greve realizam plenária para discutir a postura do sindicato.

Para amanhã, porém, já está agendada reunião da equipe de administração da UFC para decidir quando o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) será convocado para traçar um novo calendário universitário.

A definição devia ter saído ontem. No entanto, a equipe preferiu adiá-la em cumprimento a compromisso firmado por Jesualdo Farias com o corpo docente crítico ao término da greve. O reitor atende a pedido de tolerância até hoje feito em ofício entregue dia 23. “Tem a possibilidade de (o Conselho) não ser convocado de imediato, mas certamente teremos a data de quando será”, explicou o pró-reitor de graduação da Universidade, Custódio Almeida.
  E agora

ENTENDA A NOTÍCIA

Professores contrários ao fim da greve colhem assinaturas de forma manual (e não online) para apresentarem nova petição reivindicando convocação de assembleia. UFC decide amanhã quando definirá calendário.

Saiba mais

No lugar de Marcelino Pequeno, Ricardo Thé assume a presidência do Adufc-Sindicato. Ele cumpre licença médica e, até amanhã, deve ocupar o posto.

Tanto situação quanto oposição dizem que a entrada de Thé não mudará o curso das negociações por uma nova assembleia.

A greve dos servidores administrativos encerrou ontem, às 17 horas. Os cerca de 3.500 funcionários voltam hoje ao serviço, segundo Custódio Almeida.

Em nota, a UFC pediu empenho para superar os impasses e disse confiar na capacidade do movimento sindical de resolver os conflitos.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores