Moradores do município de São Brás, região do baixo São Francisco, em Alagoas, estão indignados com a atitude de um funcionário que trabalha no hospital da cidade de ter ateado fogo em uma cadela de rua na semana passada. Além dos ferimentos, o animal estava com um pedaço de tecido amarrado no pescoço que tinha líquido inflamável.
Ainda de acordo com testemunhas, muitas delas crianças que presenciaram a agressão, não é a primeira vez que este funcionário faz isso com cachorros de rua.
A diretora administrativa do Hospital Doutor José Vanderley Neto, que se identificou apenas como Josenira, tentou negar as informações, mas depois disse que o funcionário que trabalha na limpeza do jardim do hospital fez isso para se defender. "Ele estava ateando fogo no lixo quando a cadela chegou para mordê-lo. Ele pegou um dos objetos que estava queimando e jogou no animal para não ser atacado", diz Josenira que se negou a divulgar o nome do funcionário.
Já os moradores dizem que a cadela é dócil e dificilmente tentaria morder alguém. A reportagem entrou em contato com o Grupamento de Polícia Militar (GPM) de São Brás que disse que foi feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra o agressor. Mas os policiais não souberam informar o nome do suspeito. E até agora o agressor não foi preso.
A cadela, que ainda não tem nome, foi socorrida e está sendo tratada por uma pessoa que preferiu não se identificar. "Ela está muito assustada e bem machucada. Já foi medicada e aos poucos reage e brinca", diz.
Está na Lei
A "Lei dos Crimes Ambientais" 9.605 de devereiro de 1998, prevista na Constituição Federal, diz que maus-tratos contra animais é crime e que o autor pode ser condenado a uma pena que varia de três meses a um ano de detenção.
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