Será de R$ 678 o salário mínimo do trabalhador brasileiro em 2013, a partir de 1º de janeiro. O anúncio foi feito nesta véspera de Natal, segunda, 24, pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a pedido da presidenta Dilma Rousseff. O decreto será publicado será hoje no Diário Oficial da União (DOU). A alta foi de 9% dos atuais R$ 622.
Representantes do comércio varejista no Ceará dizem estar preparados para o aumento. “Recebemos com tranquilidade porque à medida que se constrói uma melhor massa salarial, se constrói melhor consumo. O Governo já tinha anunciado isso e é sempre muito negociado (o valor do reajuste). Esse governo tem uma plataforma visando o crescimento de salário mínimo”, comentou Honório Pinheiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-CE).
O Diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL-Fortaleza), Régis Dias, analisa que a maior remuneração aos trabalhadores garante o maior poder de compra da população, mesmo com o setor empresarial sendo onerado pelo aumento salarial.
Apesar do menor incremento salarial frente ao de 2011 para 2012 (14%), o Governo Federal objetiva manter aquecido o mercado consumidor nacional, que vem sendo um dos principais alicerces da economia do País.
Conforme Hoffmann, o reajuste atual considerou “a variação real do crescimento” e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). “Ela [Dilma] fez questão de que isso ocorresse hoje, na véspera do Natal”, disse a ministra. A proposta da Lei Orçamentária de 2013 previa o mínimo em R$ 674,96.
A tentativa da alta é de impulsionar o “pibão” no próximo ano. O Governo Federal vem seguindo a regra de proporcionar um ganho real do salário, ou seja, acima da inflação.
“Com uma expectativa de inflação de 5,78% (previa do IPCA-15) e um reajuste nominal de 9%, teremos um reajuste real do salário mínimo da ordem de 3,04%. E significa que, ao longo dos últimos anos, o trabalhador brasileiro vem, aos poucos, tendo um crescimento do seu poder de compra, o que fica evidente pela ascensão significativa à classe média”, comenta o mestre em economia, Ricardo Coimbra.
O presidente estadual da Força Sindical, Raimundo Nonato Lopes, diz que os trabalhadores esperavam o mínimo a R$ 700. “Precisava que fosse um salário maior. Pelos dados do dieese, sabe que estar distante da realidade ideal, embora tenha tido ganhos reais nos últimos anos. Lopes avalia ser pouco para o trabalhador aumentar seu consumo.
O POVO tentou contato com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Até o fechamento desta edição, os telefones não foram atendidos.
Isenção do IR
Além do aumento maior do que esperado para o salário mínimo, a presidente Dilma Rousseff decidiu, em reunião com a ministra Gleisi Hoffmann, atender a uma pleito antigo dos trabalhadores. Serão isentos a partir de 2013, o Imposto de Renda incidente sobre a participação nos lucros (PLR) recebidas pelo trabalhadores até o valor de R$ 6 mil.
O governo vai criar um escalonamento de tributos. Ou seja, quanto maior for o benefício recebido.
Fonte: O Povo Online
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