Kennedy foi indicado ao BNB pelo deputado federal cearense José Guimarães (PT). Em 2005, um ex-assessor de Guimarães, Adalberto Vieira, foi preso no aeroporto de Congonhas (SP) com US$ 100 mil escondidos nas roupas íntimas e mais R$ 209 mil em uma maleta. À época, o Ministério Público Federal (MPF) apontou que o dinheiro seria de propina, por suposta facilitação do empréstimo do BNB ao STN. O MPF acusou Kennedy de ter participado de tal negociação.
Na sentença, ao qual O POVO teve acesso, a juíza Débora Aguiar diz não haver provas para punir Kennedy e Adalberto. Entretanto, parte das denúncias do MPF foi acatada. A magistrada afirma que o empréstimo de R$ 300 milhões ao STN foi irregular e, por isso, ela condenou por improbidade administrativa o ex-presidente do BNB, Roberto Smith, e outros três ex-dirigentes do Banco: Germano Arruda, Etewaldo de Albuquerque e Victor Samuel Cavalcante.
De acordo com a sentença, o BNB teria modificado regras bancárias a fim de beneficiar a empresa interessada. Segundo a juíza, houve quebra do “princípio constitucional da impessoalidade”. Os dirigentes foram condenados a pagar, cada um, multa de R$ 10 mil. O consórcio STN também foi responsabilizado pela Justiça, com multa de R$ 300 mil. Ainda cabe recurso ao Tribunal Regional Federal. O MPF também poderá recorrer da absolvição de Kennedy e Adalberto.
Outro lado
O advogado do STN, Wagner Barreira, já anunciou que irá brigar na Justiça contra a multa. “É ofensa ao principio da impessoalidade negociar a redução de taxas?”, questionou o advogado. O POVO tentou ouvir o ex-presidente Roberto Smith, mas ele não foi localizado por sua assessoria de imprensa. Os demais ex-dirigentes do BNB também não foram localizados.
Fonte: O Povo
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