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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

7 mil casas no Ceará não possuem luz

 O Brasil ainda possui mais de 1 milhão de casas sem luz, quase o triplo do anteriormente estimado pelo governo. É o que mostrou um levantamento feito a pedido da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) pelas 17 distribuidoras de energia do país cujos serviços ainda não foram universalizados - ou seja, que possuem lares em sua área de atuação sem ligação elétrica. No Ceará, 7 mil residências ainda aguardam a chegada de eletricidade, conforme a Coelce (Companhia Energética do Ceará). 99,2% da área urbana e 97,4% na área rural têm energia.

O prazo para o término das operações está em negociação entre a Coelce e o governo federal, para o ano de 2013. Anteriormente, a meta era conseguir a universalização neste ano. Segundo a empresa, em 2011, o projeto beneficiou 15.353 famílias e, em 2012, 3.511 casas.

Investimento

Conforme as distribuidoras de energia, serão necessários R$ 17,3 bilhões para levar luz a todas as residências do País. Até então, o governo federal estimava haver apenas 378 mil casas sem energia elétrica no país, usando como base os dados do Censo 2010, do IBGE. O número subsidiou a decisão do governo, em 2011, de instituir uma nova fase do programa Luz para Todos, com metas de universalização até 2014.

Diante dos novos dados, oito das 17 distribuidoras passaram a pleitear a prorrogação da data estipulada pelo governo. No caso dos estados de Tocantins, Bahia e Mato Grosso, onde há cerca de 380 mil casas sem luz, as empresas pedem que o prazo seja adiado para 2027.Criado em 2003 para acabar com a "exclusão elétrica", o Luz para Todos já atendeu 14,4 milhões de residências.

O programa, cujo prazo inicial terminaria em 2008, foi prorrogado por duas vezes. Até o momento, foram investidos R$ 20 bilhões. Destes, R$ 14,5 bilhões foram repassados às distribuidoras pelo governo. A revisão das datas para universalização das oito distribuidoras ainda serão julgadas pela Aneel. O pedido das distribuidoras entrou na pauta da reguladora no dia 18, porém a decisão foi adiada para o ano que vem diante do pedido de vistas de um dos diretores. 


                   * Redação é Diário do Nordeste

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