O chefe da polícia militar da Síria, general Abdulaziz Jassim al-Shalal, acusou nesta quarta-feira (26) o regime de Bashar al Assad de haver usado armas químicas em ataques à cidade de Homs, no oeste da Síria, em um vídeo transmitido pelo site do canal de televisão Al Arabiya.
O general, que desertou das forças do regime, disse que abandonou o governo devido ao "desvio do Exército de seu dever primário de proteger o país e sua transformação em gangues de assassinato e destruição".
Quanto ao suposto uso de armas químicas, alguns opositores denunciaram o uso de "gás venenoso" pelo regime, na véspera de Natal, em Homs.
Se confirmada, a notícia seria um divisor de águas no conflito que já dura 21 meses e que já matou mais de 45 mil pessoas.
Vários países europeus, os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) já advertiram o regime sírio de que o uso de armas químicas não seria tolerado e abriria o caminho para uma intervenção militar para proteger a população.
Hoje, um bombardeio na província de Raqqa, norte da Síria, causou a morte 20 pessoas, entre as quais ao menos oito crianças.
Autoridades viajam a Moscou
Funcionários do Ministério de Relações Exteriores da Síria foram para Moscou nesta quarta-feira para discutir propostas para acabar com a crise síria, aparentemente criadas pelo emissário internacional Lakhdar Brahimi, disseram fontes sírias e libanesas.
O vice-chanceler Faisal Makdad e outro assessor vão sondar autoridades russas sobre os detalhes de reuniões com Brahimi em Damasco esta semana, informou uma fonte de segurança síria.
Um funcionário libanês próximo ao governo de Assad disse que as autoridades sírias estavam otimistas depois de conversas com o enviado das Nações Unidas e da Liga Árabe, que se reuniu com o ministro sírio de Relações Exteriores, Walid Moualem, na terça-feira e com o próprio Assad no dia anterior.
"Há um novo estado de espírito agora e algo de bom está acontecendo", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado devido à sensibilidade da questão.
— É claro que agora eles (autoridades sírias) querem se reunir com seus aliados para discutir estes novos desdobramentos.
* Redação e R7.com
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