A situação exigirá adaptação dos frequentadores da região, uma vez que implicará em mudanças no acesso às ruas, comércios e ao transporte público. Na próxima terça-feira, reunião com empresários e comerciantes da área da Praça Portugal acontecerá com representantes da Prefeitura.
Segundo Ademar Gondim, presidente da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) e da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), a intenção é discutir a proposta, ouvir as pessoas e colher sugestões. O término desse processo é esperado para este mês. Dessa forma, as mudanças na sinalização e as campanhas educativas poderão começar em novembro. O projeto é antigo e sua implantação vinha sendo comentada durante os últimos anos.
De acordo com Ademar, a expectativa é otimizar o fluxo da área para o mês de dezembro, período de aquecimento do comércio e férias. Para o taxista Thales Gomes, entretanto, a medida não melhorará a situação das avenidas Santos Dumont e Dom Luís, pois não existe a opção de ruas próximas que suportem a demanda de trânsito.
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As quatro avenidas possuem canteiros centrais, estrutura que, informa o presidente da AMC, será mantida. Como existirão faixas preferenciais para o transporte público, a dinâmica deve ficar parecida com a da Avenida do Imperador, no Centro. No local, os canteiros funcionam como um limite físico entre as faixas preferenciais e os veículos particulares.
Mudanças nas ruas próximas, sinalização vertical, horizontal e nos semáforos estão previstas para a plena implementação dos binários. Um ponto central para o novo desenho é a Praça Portugal. Segundo Gondim, a ideia é que o acesso à rotatória só seja possível para o transporte público, no sentido anti-horário. Os demais veículos fariam o contorno nas vias anteriores.
A medida agradou Mônica Pinheiro, que trabalha próximo à Praça Portugal e mora no bairro Vila Manoel Sátiro. Na opinião dela, as pessoas são “amarradas” para dirigir e quatro faixas podem melhorar o fluxo. “Na Bezerra de Menezes, melhorou muito, ficou mais rápido”, avaliou.
A AMC diz que as mudanças buscam melhorar a fluidez do transporte público para que as pessoas tenham alternativas de mobilidade. “Queremos manter e viabilizar os acessos para que todos possam realizar suas atividades. O desafio é conciliar todos os interesses”, comentou o presidente do órgão. Desafio que deverá ser colocado em prova caso a implementação ocorra como está previsto, no próximo mês.
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