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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Prefeita e governador em campo pelo voto de Heitor


  Luizianne Lins (PT) e Cid Gomes (PSB) dispensaram intermediários e entraram pessoalmente na briga pelo apoio do PDT. Os dois lados sabem que aquele para quem os votos de Heitor Férrer (PDT) penderem no segundo turno terá enormes chances de sair vencedor. A prefeita e o governador já telefonaram para o presidente estadual do PDT, o deputado federal André Figueiredo, para abrir as negociações. Ele foi receptivo a ambos. Mas a coluna apurou que, apesar de demonstrarem abertura para conversar, os pedetistas consideram fora de cogitação o apoio a Elmano de Freitas (PT). Se houver aliança no segundo turno, o PDT ficará ao lado de Roberto Cláudio (PSB). Tese reforçada pelo fato de a legenda ocupar a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do governo Cid, enquanto comanda a oposição a Luizianne na Câmara Municipal. Mas há, também, a hipótese de os pedetistas ficarem neutros e não apoiarem nenhum candidato.

De qualquer forma, uma coisa já é ponto pacífico: o PDT já decidiu que Heitor será preservado. Mesmo que a legenda se engaje na campanha, o deputado estadual que representou a sigla na disputa ficará à vontade para subir no palanque ou não. Os pedetistas entendem que Heitor sempre teve essa posição de independência e, a despeito da presença da sigla na administração, sempre fez oposição ao Governo do Estado.

Ou seja, o PSB é hoje a única alternativa de adesão do PDT em Fortaleza, mas a presença de Heitor no palanque não está incluída no pacote. A não ser que o candidato assim queira.

APELO AOS CANDIDATOS. E AO ELEITOR
O eleitor de Fortaleza colocou no segundo turno os dois candidatos campeões de infrações na propaganda eleitoral, segundo constataram os fiscais da Justiça Eleitoral. Uma possível interpretação é que o descumprimento da lei compensou. Mas o fato é que as irregularidades foram correspondentes ao volume das campanhas de Roberto Cláudio (PSB) e Elmano de Freitas (PT). Para a maioria dos adversários, faltou estrutura para infringir ainda mais as regras de campanha.

Se chegaram até agora com marcas nada lisonjeiras, o que se espera das candidaturas de PT e PSB - mais próximos de conquistar o direito de administrar a Capital pelos próximos quatro anos - é que adotem a civilidade e o respeito às normas como conduta. Que a poluição visual, sonora, a sujeira e toda ordem de irregularidade não mais sejam ferramentas na busca pelo voto. Até para que o próximo gestor tenha o mínimo de autoridade em uma de suas missões fundamentais - fazer cumprir as leis urbanas.

Mas, sobretudo, fica o apelo ao eleitor para que fiscalize - e puna com rigor - os candidatos que recorrem a expedientes, literalmente, sujos.

A CONDENAÇÃO DE DIRCEU E O FUTURO DO COMBATE À CORRUPÇÃO
Quando estava no auge a pressão sobre o governo Lula, o PT simulou autocrítica sobre o mensalão. Depois, a carapuça caiu e se evidenciou a falsidade daquele aparente arrependimento. O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) não deixa dúvidas sobre a distribuição de dinheiro do PT - ao menos em parte desviada de cofres públicos - para construir a base de apoio federal. No caso de José Dirceu, há o questionamento sobre a natureza das provas apresentadas. A discussão é boa. Mas o resultado indica caminho que é promissor, não obstante muito arriscado, para o futuro do combate à corrupção. Normalmente, corrupto não assina recibo nem emite nota fiscal do desvio cometido. Por isso, sempre foi tão difícil caracterizar esse tipo de crime e colocar os culpados na cadeia. É inequívoco que o STF, ao condenar Dirceu, elasteceu, digamos assim, sua compreensão sobre provas. Será um risco se forem flexibilizadas garantias individuais fundamentais em qualquer democracia, a ponto de permitir a punição a inocentes. Mas será um enorme ganho caso sirva para que jamais o rigor no julgamento seja estratagema para escamotear o crime contra o patrimônio público ou deixar culpados impunes. O Brasil avança na sua compreensão do combate à corrupção. Sofisticam-se entendimentos. Mas a linha entre o risco e o benefício é tênue. talvez imperceptível em alguns casos. O prejuízo será maior caso se incorra no primeiro caso que o ganho decorrente da segunda hipótese. Afinal, antes a absolvição de culpados que a condenação de inocentes. Temor que, todavia, não pode ser razão para não se avançar. O País sai melhor desse julgamento. Embora precise conhecer bem os riscos a que se sujeita.

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