E você é contra ou a favor da redução maioridade penal?
SOU CONTRA
SOU A FAVOR
PARA MIM TANTO FAZ
Votar
resultado parcial...

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Castigados pela seca, criadores baixienses rogam aos céus por chuva


  Um sol de rachar, clima seco e áspero no ar, uma vegetação que a cada instante se perde do verde ao cinza, animais esquálidos, semblantes franzidos e olhos atentos a contemplar um horizonte que parece cada vez mais distante. Esse é o cenário que denuncia a súplica de um povo, ávido por chuva. E ela não vem.
Em várias regiões do sul do Ceará, a paisagem é de total desolação: animais estão morrendo à míngua, criadores apreensivos com os prejuízos que se somam aos inviáveis investimentos e infinitas interrogações sobre o que vai acontecer.
  No Distrito de Jurema, zona rural de Baixio, região Centro Sul do Estado, o pecuarista Francisco Correia da Silva (Tiquinho) é um exemplo de luta contra as adversidades do tempo. Relevante produtor de leite na região, ele já sente todas as suas reservas de silagem se esgotarem, o pequeno barreiro ao lado de casa já apresenta as rachaduras típicas de uma seca cruel e as palavras antes esperançosas já não carregam o mesmo ânimo de dias atrás. “Se não chover nesses próximos 40 dias, só Deus sabe o que vai acontecer”, diz ele,angustiado.

Para piorar a falta de chuvas na região, moradores do Centro Sul são obrigados a suportar altas temperaturas nessa época do ano, algo oscilando em torno de 35 e 37 graus. Sertanejos que sentem na pele e no bolso o drama de uma vida marcada por dificuldades, e muitas vezes exclusão, encontram em Deus, nos seus santos de devoção e nas singelas melodias, um alento para continuarem esperando pelo dia de amanhã, como a canção de Luiz Gonzaga, a clássica ”Súplica Cearense’
“Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedir pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão
Oh! Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração
Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar
Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
Que sempre queimou o meu Ceará”
Por> Luis Carlos Coutinho

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores