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terça-feira, 19 de junho de 2012

Itamaraty faz cartilha para quem vai trabalhar no exterior, como jogadores de futebol

                                      SÃO PAULO -  O Ministério das Relações Exteriores lança nesta terça-feira, em Brasília, uma cartilha de Orientações para o Trabalho no Exterior. A publicação tem como objetivo alertar profissionais como modelos, jogadores de futebol e outros sobre os riscos da emigração e as dificuldades que o profissional pode encontrar em terras estrangeiras.
Itamaraty lança cartilha sobre trabalho no exterior - Reprodução
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Itamaraty lança cartilha sobre trabalho no exterior
O Subsecretário-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior, embaixador Eduardo Ricardo Gradilone Neto, e a Chefe do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, Ministra Luiza Ribeiro Lopes da Silva, farão a exposição da cartilha no Palácio Itamaraty, em Brasília, a partir das 16h. Eles também abordarão temas como o tráfico internacional de pessoas e as ações do Governo para a proteção do cidadão brasileiro.
Jogadores de futebol ganham atenção especial na cartilha. Nela, há uma série de recomendações que o atleta, seus pais e agentes deverá tomar para que nada dê errado. A CBF informa que há cerca de 6 mil jogadores atuando no Exterior, sendo que a grande maioria deixou o Brasil praticamente desconhecido no futebol nacional.

       

Palácio do Itamaraty            VEJA TRECHO DO CAPÍTULO DESTINADO AOS JOGADORES:"A tradição e excelência do futebol brasileiro fazem com que muitos jogadores nacionais sejam convidados para trabalhar no exterior. Segundo estimativa da CBF (2012), há cerca de 6 mil brasileiros contratados por times estrangeiros, com cerca de mil transferências regulares por ano. Os jogadores mais conhecidos costumam ser convidados, naturalmente, para posição de destaque em times estrangeiros de renome, credenciados junto à FIFA e zelosos no cumprimento dos contratos.
As dificuldades ocorrem com os jogadores muito jovens e ainda pouco conhecidos, muitas vezes originários de cidades pequenas, convidados muitas vezes por clubes menores, nem sempre ciosos do cumprimento dos compromissos assumidos com jogadores estrangeiros. Sua descoberta costuma dar-se por meio dos chamados “olheiros”, enviados ao Brasil por clubes estrangeiros, com a missão de arregimentar jovens jogadores, acenando-lhes com ofertas atraentes de emprego e salários. Sabem os clubes estrangeiros que há no Brasil um grande número de jovens talentosos e promissores, cuja habilidade se revela desde cedo, em campinhos e quadras, competições amadoras e clubes de vizinhança.
Os convites para jogar no exterior costumam mostrar-se irresistíveis. Sabe-se, contudo, que o sucesso e a fama não chegam para todos, que nem todas as propostas atraentes para jogar em clubes no exterior conduzem a carreira na direção certa e que muitas propostas de trabalho em outros países não são o que parecem.
De modo geral, os governos estrangeiros estão atentos para os problemas e prestam à rede consular brasileira amplo apoio na solução de casos específicos. Muitos vêm buscando regulamentar as atividades de atletas estrangeiros e proteger seus direitos. Isso não impede, no entanto, a atuação de agentes inescrupulosos, intermediários de propostas tentadoras que escondem armadilhas para o jogador. Para evitar que o atleta tenha tempo de se informar melhor sobre o próprio agente e sobre o clube que representa, o intermediário de má fé costuma dar um prazo bastante curto para a decisão, às vezes, umas poucas horas, alegando qualquer pretexto.
Alguns jovens, entusiasmados com a oportunidade, aceitam viajar para o exterior sem uma pesquisa cuidadosa sobre o clube e o agente que os convidam, sem assinar contrato e sem solicitar visto de trabalho ou negócios. Chegando ao exterior, são induzidos a iniciar as atividades profissionais sem visto de trabalho e a assinar contratos injustos.
Essas decisões precipitadas têm com frequência resultados desastrosos. Há casos em que, uma vez no exterior, o jogador descobre que se comprometeu com clube em situação financeira precária. Ou então se dá conta de que as condições de vida e de trabalho são ruins, que os novos treinadores os tratam com brutalidade e que o contrato de trabalho não é respeitado. Com frequência, o jogador é submetido a uma carga de treino excessiva, instalado em alojamento precário e vê seu salário ser descontado diariamente – sem que isso tenha sido explicitamente acordado – com alimentação, acessórios esportivos e outros itens.
Convencidos a viajar ao exterior para testes sem assinatura prévia de contrato, às vezes são rejeitados pelo clube e abandonados em um país estranho, sem dinheiro ou assistência do agente ou do clube."

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