A Universidade Federal do Rio de Janeiro apresentou nesta sexta-feira (15), na Rio+20, uma novidade para o transporte de passageiros.
Na Rio+20, o transporte público que não polui é vedete. O ônibus verde é elétrico e também movido a hidrogênio. Mas tem outra novidade atraindo os olhares dos delegados de vários países. Parece até mágica.
Imagine um trem capaz de andar a 100 quilômetros por hora, movido a energia elétrica, que não polui e custa 70% menos do que um metrô. É o MagLev Cobra, que transporta passageiros usando uma tecnologia disputada no mundo todo e que o Brasil está prestes a dominar.
O trem usa supercondutores: materiais que, a baixíssimas temperaturas, são capazes de criar um poderoso campo magnético que pode sustentar o vagão no ar e cheio de passageiros.
Um deles está em testes nos laboratórios da Coppe, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Uma bobina elétrica empurra o vagão para frente e para trás, sobre um trilho feito com imãs que repelem o material supercondutor preso na parte debaixo do trem. E o vagão viaja deslizando no ar a 15 milímetros dos trilhos.
Por enquanto, é preciso resfriar os supercondutores a menos 196 graus centígrados com nitrogênio líquido a cada 24 horas. Segundo os cientistas, o trem supercondutor entrará em funcionamento regular daqui a dois anos.
“Nós seremos o primeiro país no mundo a desenvolver um veículo para transporte urbano usando a técnica de levitação com supercondutores e imãs”, afirma o coordenador do projeto Richard Stephan.
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