O secretário de Cidades, Camilo Santana, esteve na Assembleia Legislativa, durante sessão ordinária de ontem, para apresentar os trabalhos realizados pela pasta e responder aos questionamentos dos deputados. Semelhante ao que vem ocorrendo nas visitas feitas pelos gestores da administração atual, poucos foram os parlamentares que acompanharam o pronunciamento de Santana.
O secretário passou aproximadamente uma hora e meia falando sobre projetos executados e a serem realizados, ressaltando que a sua pasta trabalha em cinco eixos principais que são a infraestrutura de Fortaleza, projetos de habitação, Cidades do Ceará I e II, Infraestrutura urbana nos municípios do Interior e destinação de resíduos sólidos.
Logo que começou o debate, às 11 horas, somente 13 deputados estavam em plenário, ainda que no painel eletrônico tivessem registradas 33 presenças. O secretário deu ênfase ao projeto de urbanização do Maranguapinho, salientando que este é o maior projeto de reassentamento urbano de todo o País, envolvendo os municípios de Caucaia, Maracanaú, Maranguape e Fortaleza, com 23 quilômetros de intervenções, indo desde a BR-116 até o quarto anel viário.
Famílias
Para a contenção das cheias do rio ele lembrou que já está concluída a construção de barragem no local no valor de R$ 80 milhões. Conforme informou, a sua pasta só está aguardando a vinda da presidente Dilma Rousseff para a inauguração. Camilo Santana ressaltou, ainda, que as pessoas que estão sendo retiradas do local são encaminhadas para moradias próximas de onde moravam ou indenizadas.
"Temos um residencial que vai ser construído em Messejana e vamos utilizar o projeto Minha Casa, Minha Vida, porque nossa intenção é que as famílias sejam assentadas próximas aos locais em que moram hoje", afirmou. Para revitalização de Maranguapinho, Cocó e Dendê, ele afirmou ter sido orçado cerca de R$ 1,5 bilhão.
No Interior do Estado, ele afirmou que algumas obras, como a requalificação do Centro do Crato, no Cariri, e toda a pavimentação de seu centro histórico já foi feita. Sobre o programa de resíduos sólidos ele ressaltou que mesmo não sendo responsabilidade do Governo, o Poder Executivo Estadual tomou a iniciativa de tratar do assunto, principalmente, porque até agosto de 2014 todos os municípios têm que fechar seus lixões. Segundo ele, 90% das cidades do Ceará ainda trabalham com lixões.
Dragagem
Alguns deputados que estavam presentes à sessão fizeram questionamentos a Camilo Santana. Dedé Teixeira (PT) perguntou, por exemplo, sobre uma possível dragagem a ser feita no Lagamar, visto que durante o período chuvoso toda aquela região é alagada. Ele sugeriu ainda que haja uma verticalização da localidade, pois para ele, esta é a única solução para o bairro. A deputada Ana Paula Cruz (PRB) questionou sobre o saneamento básico nas proximidades da bacia do Salgado, que segundo ela, é um rio morto devido os dejetos de esgotos e frigoríficos que são lançados no local.
Eliane Novais cobrou outro concurso para a Cagece visto que foi prometido a criação de 900 vagas e somente 300 foram feitas. Ela questionou ainda os planos municipais de saneamento, visto que somente 35 municípios concluíram seus projetos. "Existe um esgoto encachoeirado na avenida Miguel Dias, próximo ao Iguatemi e está gerando um desconforto para aquela comunidade".
O secretário disse que a dragagem do Lagamar está contemplada no projeto de revitalização do Cocó. Ele lembrou também que até junho iria ser lançado um PAC para resíduos sólidos e até o momento nada foi feito pelo Governo Federal. "Não podemos penalizar os municípios que já têm dificuldades de gestão e precisamos ter essa ação. A ideia dos consórcios de aterros sanitários é a mesma que foi adotada para a saúde", lembrou.
Ele disse que há compromisso do governador para melhorar os serviços da Cagece e que para isso seria importante fazer concurso. "Nós fizemos uma pareceria com Aprece, Arce e Cagece para fazer os planos municipais de saneamento em todo o Ceará". O gestor ressaltou também que na Região Metropolitana de Fortaleza estão sendo investidos mais de R$ 700 milhões, mas lembrou que muitos problemas com empresas contratadas pela Cagece impediram que esses projetos tivessem um melhor encaminhamento.
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