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sexta-feira, 7 de junho de 2013

MPF investiga retirada da página 'Fortaleza Apavorada' do Facebook

   O procurador da república Márcio Torres, do Ministério Público Federal do Ceará (MPF-CE), quer identificar quem provocou a retirada da página criada para denunciar casos de violência em Fortaleza. Para isso, foi instaurado nesta sexta-feira (7) um procedimento administrativo para investigar as razões que levaram os operadores da rede social Facebook a excluírem do site a comunidade "Fortaleza Apavorada", criada recentemente na rede.

A página foi criada com o objetivo de unir pessoas para cobrar do poder público, em ato marcado para a quinta-feira (13), medidas de contenção da violência urbana na capital cearense. Porém, nas últimas 48 horas, a comunidade foi retirada do ar por pelo menos duas vezes, sem que a razão tenha sido explicitada pelos administradores do site. Segundo o procurador, o procedimento administrativo instaurado pelo Núcleo de Acompanhamento em Atividades Criminais (Naac), do MPF, pretende investigar e identificar, também, o usuário da rede que tenha praticado o possível crime de denunciação caluniosa.
De acordo com uma das idealizadoras do grupo, a arquiteta Eliana Braga, a primeira página foi retirada do ar na madrugada da quarta-feira (5). Era de um grupo fechado que já estava com 21.800 membros. Outra página, desta vez de um grupo aberto, foi criada. Nesta quinta-feira (6), mais uma vez a página foi retirada do ar.  Atualmente está on-line uma página de evento, chamando as pessoas para uma manifestação que vai acontecer na quinta-feira (13), a partir das 15h, com concentração em frente ao Palácio da Abolição, na Avenida Barão de Studart. "De lá, seguiremos até a Avenida Beira-Mar, onde estão os turistas que andam na cidade sem saber do risco que estão correndo", diz.
"O que nós queremos é uma ação imediata e abrangente para a contenção da violência, em Fortaleza. Se, em um mês, foi possível implementar um esquema de segurança para a Copa [das Confederações], por determinação da Fifa, por que isso não é possível o cidadão comum ter segurança?", questiona Eliana Braga.

Analisando a política de padrões de comunidades da rede social, o procurador da República Márcio Andrade Torres constatou que apenas diante de denúncias sobre a veiculação de imagens ou mensagens gravemente ofensivas uma página pode ser retirada do ar naquele site. "Ao que tudo indica, alguém denunciou falsamente o grupo "Fortaleza Apavorada" ao Facebook, com o objetivo de paralisar as suas atividades", supõe Márcio Torres.

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