A feirinha acontece todas as sextas-feiras e foi iniciada de forma espontânea, mas com a ampliação no número de vendedores, segundo o secretário, Luiz Ivan Bezerra, houve uma necessidade de alocar espaço adequado. O local é provisório, conforme os organizadores, mas a meta é que se estabeleça permanentemente num terreno dentro do próprio parque.
Os animais já começam a chegar na noite do dia anterior ao local. São comercializados desde caprinos, ovinos, aves e suínos. Um dos aspectos importantes para o veterinário, Udernan Macedo, também coordenador, é principalmente o sanitário. Ele afirma que antes não havia preocupação e animais poderiam ser comercializados, sem um controle mais rigoroso.
"Todos os animais são examinados. Aqueles que estiverem doentes, não podem ser comercializados e nem ficar junto aos outros", diz ele, ao ressaltar os riscos que existiam antes em relação a esse tipo de comercialização indiscriminada. E a cada dia de realização, mesmo a maioria das pessoas ainda não tendo conhecimento do novo espaço, tem se tornado frequente o número de compradores que vão ao parque negociar os animais, principalmente para abate.
O presidente da Associação dos Feirantes de Ovinos, Caprinos e Bovinos, Antonio Ferreira da Silva, disse que há a necessidade de um local fixo para a feira acontecer de forma permanente. A administração municipal promete dotar o espaço de infraestrutura necessária. Tanto que desde que a feira foi iniciada, já se multiplicaram as barracas para abrigar os animais. O veterinário destaca, principalmente, a questão da garantia de um espaço, onde os animais não sejam mal tratados. "Aqui eles estão abrigados, com barracas coberta e água", ressalta. Há também apoio para banheiros e a comercialização de lanches para os clientes e comerciantes.
Mais de 500 animais foram comercializados na última feira. Vieram de municípios como Mauriti, Assaré, Porteiras, Jardim e até de Salgueiro, no Estado de Pernambuco. E a proposta é que o comércio seja ampliado, abrindo a possibilidade de desenvolvimento econômico nesse setor, beneficiando principalmente os pequenos criadores.
O projeto de adequação no espaço permanente deverá ser até junho deste ano. Segundo o coordenador, a presença de um veterinário já coíbe o comércio de animais que não sejam saudáveis. São cerca de 48 criadores atuando até o momento e os técnicos da Secretaria vêm dando apoio. Todos os espaços delimitados são enumerados, como forma de manter um controle maior do que é comercializado.
Organização
Para o vendedor de aves, José Ferreira Firmino, há alguns anos a comercialização já acontece num espaço próximo, mas a necessidade de organização é fundamental. "Pena que ainda não houve tanta divulgação e estou voltado praticamente com as galinhas que trouxe". Ele elogia a estrutura e o novo local, mas segundo o vendedor, não vai valer se ele não conseguir o lucro. Acredita na ampliação do espaço, a partir do momento em que as pessoas se acostumarem.
Para o marchante Manoel Izidro, a feira organizada facilita a negociação e dá mais segurança em relação aos animais vendidos. Disse que com o crescimento poderá haver concorrência maior e, com isso, os preços poderão estar melhores, mas até o momento não tem notado diferença nesse sentido. Mas, elogia a iniciativa e o apoio do poder público no intuito de facilitar as condições de funcionamento.
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