Esse tipo de crime foi identificado em 7,5% das transações do Estado em 2012 - contra 6% em 2011. O Ceará ficou atrás apenas do Pará, que alcançou a marca dos 9,7%. O estudo da FControl também revela que os provedores mais utilizados para a criação de e-mails falsos são os gratuitos, pela facilidade encontrada pelos fraudadores.
Critérios de segurança
Para evitar problemas na hora da compra, o diretor da Morphus Segurança da Informação, Renato Marinho, sugere que o consumidor adote alguns critérios, tais como: utilizar um site de confiança, digitar o endereço original, não acessar links enviados por e-mail, verificar o certificado digital e acessar de uma máquina também confiável - que não seja de uso público, como as de "lan houses".
"Os fraudadores mandam e-mails se passando por alguma entidade e tentam ludibriar os usuários, que clicam na opção e são levados a sites falsos, que podem ser visualmente idênticos. Esses e-mails são conhecidos como phishings", indica.
Contudo, ele diz que, apesar da aparência, o endereço não é o original. Além disso, não conta com certificado de segurança - que pode ser identificado pelo cadeado na página. "O local do cadeado pode variar com o navegador. É padrão do navegador emitir um alerta quando o certificado do site não é válido".
De acordo com Renato, o endereço eletrônico de um site confiável criptografa as informações das transações. Desse modo, dados do cartão, por exemplo, são mantidos em sigilo. Ele ressalta que é importante o usuário atualizar o antivírus.
Para realizar compras com segurança, o baixista Wilson Neto diz que procura os sites mais conhecidos. "Acho melhor comprar na internet do que pessoalmente. O maior problema que tenho é com prazos de entrega. Já comprei iphone, celular, notebook, roupa", comenta. Com uma média de pelo menos uma compra por mês, ele diz que costuma indicar para os amigos as empresas mais confiáveis, para compra no cartão de crédito.
Dinheiro perdido
Seguindo os dados da pesquisa, a vendedora Andrea Rebouças teve problemas com sites de compras coletivas na internet no ano passado. Em agosto, ela comprou cupons que davam o direito de realizar escova inteligente e cauterização no cabelo, mais um kit de salgados.
Quando foi usar os serviços, ela diz que não conseguiu localizar as empresas. Ao acionar o site de compras por telefone, não conseguiu contato, com a informação de que o número não existia. "Fui ao Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) e disseram que, como o local fechou, teria que ir buscar a justiça de pequenas causas para receber o dinheiro, mas acabei não indo", lamenta.
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