O bando passou a ser desarticulado a partir de denúncias colhidas pela Coin nos últimos dias. Na tarde de sexta-feira, a Inteligência recebeu a informação de que parte de um carregamento de cocaína estaria senso levada para um local de entrega na BR-116. Os agentes montaram uma ´campana´ e conseguiram abordar o carro suspeito, um Meriva, onde foram encontrados dois quilos da droga.
Outros envolvidos
Com a prisão de dois homens, a Polícia chegou aos endereços da quadrilha, sendo dois apartamentos localizados no bairro Ancuri, na Grande Messejana, e, em seguida, ao laboratório de produção de pedras de crack, que havia sido montado em um sítio na zona rural do Município de Pacajus (49Km de Fortaleza).
Ali, foram encontrados mais 17 quilos de cocaína, além de 19 quilos de uma substância branca, em forma de pó, que seria usada para o ´desdobramento´ da coca e a produção das pedras de crack. Cinco pessoas, no final da operação, estavam presas.
Os cinco acusados foram identificados como, Joílson de Oliveira Silva, 30, conhecido por ´Gordinho´; José Aureliano da Costa Lima, 25, o ´Baixinho´; Leonardo Ferreira Maniçoba, 30, o ´Léo´; Adriana Moreira de Oliveira, 18; e Francisco Gildo Gonçalves da Silva Júnior, 25.
Segundo os agentes da Coin, o grupo seria um dos responsáveis pela produção de crack que vinha sendo distribuído para venda por traficantes menores em diversos bairros da periferia Capital cearense e de Municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), entre eles, Pacajus, Eusébio, Horizonte e também na área do litoral Leste do Estado.
Um dos acusados estaria levando parte da droga para a Prainha do Canto Verde, localizada no Município de Beberibe (83Km de Fortaleza).
No sítio localizado em Pacajus, a Polícia encontrou a parafernália que os traficantes utilizavam na produção de crack. Entre os equipamentos, uma prensa hidráulica, que foi removida do local e encaminhada, junto com as drogas e as demais substâncias químicas, para a Denarc, na sede da Delegacia Geral de Polícia Civil (DGPC), Centro.
Investigação
Também foram apreendidos com a quadrilha seis telefones celulares, cujas ligações agora serão rastreadas a partir da identificação dos números constantes nas mais recentes chamadas feitas e recebidas pelos componentes do bando.
Com este trabalho, a Polícia espera identificar e chegar a outros integrantes da quadrilha, bem como, bem como, descobrir como era feita a distribuição da droga nos bairros da Capital e na zona metropolitana.
Dois veículos, um Meriva prata de placas NQV-6527 (CE), e uma Saveiro vermelha, placas OCM-5618 (CE), também foram localizados em poder dos cinco suspeitos. A equipe da Coin encontrou no laboratório de drogas, quatro balanças digitais de precisão, fitas adesivas e balões infláveis para a preparação das pedras.
O flagrante foi lavrado pelo delegado titular da Denarc, Pedro Viana Júnior.
FERNANDO RIBEIRO
EDITOR DE POLÍCIA
Apreensões de drogas se multiplicam no Estado
Em menos de 36 horas, este foi o segundo laboratório produtor de drogas ilícitas localizado pela Polícia na Região Metropolitana de Fortaleza. Na última quinta-feira, uma equipe da Delegacia de Repressão aos Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal no Ceará prendeu uma quadrilha de traficantes e localizou um ponto de fabricação de pedras de crack no Município de Pacatuba.
Para chegar aos criminosos, a PF realizou uma sigilosa investigação que durou, pelo menos, dois meses, segundo o titular da DRE, delegado federal Erisvaldo Graça de Sousa. Cerca de 30 quilos de crack foram apreendidos pelos ´federais´ no cerco aos bandidos. Conforme as autoridades, a quadrilha importava cocaína produzida, provavelmente na Colômbia ou no Peru. A droga chegava ao Ceará, via estradas, depois de passar por São Paulo.
Outros casos
Já a Delegacia de Narcóticos (Denarc), na Polícia Civil, fez uma grande apreensão de drogas em outro ponto de Fortaleza. Foi no bairro Passaré, precisamente em uma casa localizada na Rua Itaboraí, onde foi detido o traficante de drogas Tiago Alexandre Lima, 27. Dentro de um dos quartos da residência, os inspetores encontraram cerca de 40,5 quilos de maconha prensada originária do Paraguai, em forma de 39 ´tijolos´. Cada um deles estava sendo vendido a R$ 1,2 mil.
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