No Portal da Transparência os saques, no valor de R$ 204 por mês, foram realizados normalmente de maio do ano passado até maio desse ano, como também comprova o extrato da Caixa Econômica Federal enviado à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedest).
A família de Benedita não teria direito ao benefício, já que o principal critério é a renda familiar de até R$ 140 per capita, ou seja, no caso dela, em que moram quatro pessoas na casa, menos de um salário mínimo. Valor bem diferente do recebido pelo marido: o salário de vereador ultrapassa os R$ 12 mil por mês.
Os depósitos e saques só foram interrompidos depois que uma atendente da Sedest realizou uma visita à casa da família para checar os dados cadastrais. Benedita, que nega ter realizado qualquer cadastro ou saque do Bolsa Família, pediu na ocasião a baixa do benefício. "Eu nunca fiz esse cadastro, vou atrás dele. Meu advogado disse que vai comigo pegar a documentação. Isso não é nada, é só armação do prefeito, somente para prejudicar o meu marido", afirmou.
O vereador Manoel da Acosap também negou qualquer conhecimento de que a esposa tenha se cadastrado para receber o benefício. E também acusou a administração municipal. "O que me estranha é a forma como está o cadastro. Está com seis membros da família, ou seja, tem duas pessoas que eu não conheço. O endereço está o do bairro José e Maria. E eu moro no Córrego do Damião há 17 anos. Isso não passa de uma armadilha política. O governo municipal tem que se explicar", disse.
Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Petrolina informou que o caso não se trata de perseguição política, já que o número de identificação social, o NIS, de Benedita Souza Neta Coelho data do ano de 2005, e que o cadastro dela no programa Bolsa Família foi feito em 2011, épocas em que Manoel da Acosap não era sequer candidato a vereador.
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