Dentre as 168 tragédias aéreas ocorridas em 2012, 146 foram com avião (aumento de 10,6% em relação a 2011) e outros 22 de helicóptero (redução de 15,5%). Os dados são preliminares e podem sofrer alterações, pois o Cenipa ainda está recebendo relatos de seus escritórios regionais e pelo menos mais quatro casos ainda precisam ser analisados.
Dentre as ocorrências mais graves investigadas em 2012 estão a queda de um helicóptero da Polícia Civil de Goiás, que deixou 8 mortos, em agosto, e o acidente com um King Air de uma indústria de alimentos, que também deixou 8 mortos em julho em Minas Gerais.
Os meses com maior registro foram fevereiro, agosto, novembro, junho e dezembro. Em todos eles, o número de acidentes superou a marca contabilizada no ano anterior.
2011 já havia fechado com um índice histórico de acidentes no país desde 2000, quando a Aeronáutica começou a divulgar os dados: foi 45% superior a 2010.
“Começamos no ano passado uma série de ações focadas na prevenção e na melhoria da manutenção das aeronaves para reduzir o número de acidentes no país e estamos caminhando para isso. 2012 foi um período de transição e acreditamos que 2013 será um ano que haverá redução”, afirma o brigadeiro Luis Roberto do Carmo Lourenço, chefe do Cenipa.
“No mundo inteiro, a aviação caminha para ser cada vez mais segura. No Brasil, na aviação comercial regular, estamos neste caminho. O que ainda nos preocupa é a aviação em geral (aviões e helicópteros privados, táxi aéreo, agrícolas, dentre outros)”, explica o oficial.
Segundo as companhias aéreas, do caminham para a conclusão do ano mais seguro já registrado, com uma média até o fim de novembro de apenas um acidente de qualquer tipo para cada 5,3 milhões de voos, informou
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) informou que 2012 foi o ano mais seguro já registrado pelas companhias aéreas desde 1960. Houve, em média, um acidente para cada 5,3 milhões de voos do tipo.
Ocorrências com mortes sobem
Houve ainda aumento, em 2012, no número de acidentes de avião com mortes – foram 29 contra 22 no ano anterior. Porém, os acidentes com helicóptero deixaram menos vítimas no ano passado: foram apenas 3 contra 8 em 2011.
A quantidade de acidentes com perda total em 2012 se manteve igual a 2011 – 34 casos, incluindo quedas de helicóptero e de avião.
O número de mortos nas tragédias, porém, diminuiu. 71 passageiros e tripulantes perderam suas vidas em quedas de avião e helicóptero em 2012 – contra 90 em 2011. O ano com maior número de vítimas até hoje foi 2007, quando houve o acidente com um avião da TAM no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. Naquele ano, foram 271 mortos na aviação civil do país.
Ações de prevenção
Em 2013, os profissionais da FAB farão palestras em pequenas cidades no interior dos estados, levando informações sobre os principais fatores que levam à queda de acidentes e também orientando pilotos e mecânicos para que se preocupem com fatores que estão provocando mais tragédias nos últimos anos – como falta de combustível, baixa visibilidade, mau tempo, colisões com pássaros e outros animais, interpretação equivocada de instrumentos, ou decisões erradas da tripulação na hora do pouso e da decolagem.
“Estamos incrementando o trabalho em conjunto com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Secretaria de Aviação Civil (SAC) para aumentar a fiscalização e as atividades em todo o país, verificando o que está sendo feito de forma irregular e que pode ser melhorado para prevenir novos acidentes”, afirmou o brigadeiro Lourenço, chefe do Cenipa
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