terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Brasil é o 45º país com mais preparo para crises
O Brasil ocupa um modesto 45º lugar no ranking de 139 países sobre os governos mais preparados para enfrentar riscos globais, como crise financeira, desastres naturais, mudanças climáticas e pandemias. A avaliação consta de pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) com mais de 14 mil líderes globais e divulgada nesta terça-feira em Londres.
Na pesquisa, o Fórum Econômico Mundial perguntou aos entrevistados sobre a eficiência de cada governo na gestão - monitoramento, preparação, reação e mitigação - dos principais riscos globais, como a crise financeira e desastres naturais. Com notas que variaram de 1 a 7, o Brasil recebeu avaliação de 4 16 pontos. No levantamento, a nota mais baixa é atribuída aos governos "não eficazes" na gestão de grandes riscos e, ao contrário, o número mais alto é para governos "eficazes".
O resultado do Brasil na pesquisa é pior do que o obtido por outros emergentes, como o Chile (10º lugar, nota 5,20), México (12º, nota 5,13), a Turquia (18º, nota 4,83), China (30º, nota 4 51) e Índia (38º, nota 4,31). O ranking é liderado por Cingapura que teve nota 6,08 e possui, segundo os entrevistados, o governo mais preparado do mundo para os riscos globais. Em seguida, aparecem três países árabes: Catar, Omã e Emirados Árabes Unidos.
A primeira economia tradicional da lista é o Canadá, em 4º lugar e nota 5,41. Alemanha está em 17º, uma posição atrás do Casaquistão. Reino Unido figura em 20º e Estados Unidos, em 29º lugar.
Apesar de ter nota pior do que outros emergentes, o Brasil está à frente, embora não muito, de economias que estão no centro da atual crise: Portugal é 51º, Espanha ficou em 53º e Irlanda aparece em 65º. A lanterna da lista é ocupada por dois vizinhos: o 138º posto é da Argentina, com 2,08 pontos, e a Venezuela ocupa a última posição, com 1,68 ponto.
A pesquisa também questionou os entrevistados sobre o estágio de avanço de cada economia. Nesse quesito, o Brasil está "em transição" da fase 2 - economia marcada pelo desenvolvimento da produção e qualidade - para o estágio mais desenvolvido possível a fase 3 - mercados orientados para a inovação com patamar mais elevado de renda.
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