Cerca de 300 militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST) bloquearam parte da BR-020 na entrada do município de Canindé. De acordo com a Polícia Rodiviária Federal (PRF), eles ocuparam o local durante três horas da tarde desta quarta-feira, 18, mas não como não há desvio, gerou congestionamento de veículos. O grupo do MST já saiu do local e o trânsito foi normalizado.
Além disto, um grupo de manifestantes interditou uma faixa da avenida José Bastos (sentido Sul/Norte), queimando vários tipos de materiais, no início da tarde de hoje. O fogo já foi apagado e, segundo a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), há uma equipe de agentes para controlar o tráfico de veículos no local.
Desde a manhã desta quarta, integrantes do (MST) ocupam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O grupo estava acampado no Palácio da Abolição, sede do Governo do Estado, desde a última segunda-feira, 16.
O superintendente do Incra, Raimundo Cruz Pinto, recebeu uma comissão de militantes, que entrgou uma pauta de reivindicações. Segundo informações da assessoria de comunicação do instituto, no início da ocupação, manifestantes impediram a entrada e saída de funcionários, mas o movimento já voltou à normalidade. Por conta da ocupação, os funcionários foram liberados do trabalho pela superintendência.
Na última terça-feira, após a reunião com representantes do movimento rural do Estado, o governador Cid Gomes prometeu recursos para construção de escolas nos assentamentos e a desapropriação de quatro propriedades de interesse público.
As propriedades têm o valor total de R$ 788 mil e os recursos para as escolas somam o montante de R$ 489 mil. O governador também prometeu a liberação do decreto para 2.300 quintais produtivos no valor de R$ 5,25 milhões e R$ 300 mil para uma adutora em assentamento no município de Madalena, no Sertão Central.
No último dia 16, o MST promoveu manifestações em várias partes do Brasil e acampou nos jardins do Palácio da Abolição, sede do Governo do Ceará. Durante a manhã, sem-terra se banharam no espelho d’água sob o mausoléu do ex-presidente Castello Branco, que integra o conjunto arquitetônico do Abolição.
As manifestações fizeram parte do período conhecido como Abril Vermelho, que relembra o assassinato de 21 sem-terra em Eldorado de Carajás, no Pará, em 17 de abril de 1996.
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