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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Exército da Síria bombardeia Homs, e combates matam mais 14 na trégua

Imagem divulgada pela oposição mostra bombardeio de forças do governo à cidade síria de Homs nesta quarta-feira (18) (Foto: AP)  Exército da Síria retomou nesta quarta-feira (18) seus bombardeios a bairros rebeldes de Homs,  no centro do país, e matou pelo menos mais 14 civis em todo o país, em novas violações do cessar-fogo patrocinado pela ONU e pela Liga Árabe que teoricamente entrou em vigor no dia 12 de abril, segundo militantes.
Um civil foi morto a tiros pelas forças do regime na cidade de Kansefra, na província de Idleb (noroeste), e outro foi abatido por um franco-atirador em Deraa, berço da contestação no sul, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Dois civis morreram atingidos por obuses disparados pelas forças do governo no bairro de Khaldiyé, em Homs, enquanto que outros dois foram mortos a tiros em Homs e na cidade vizinha de Qousseir, acrescentou a organização em um comunicado.
Segundo os Comitês Locais de Coordenação (LCC), que organizam a mobilização no terreno, os bombardeios atingiram Khaldiyé, Bayada, Jourat al-Chayah e Al-Qarabis.
Cerca de 30% de Homs ainda foge ao controle do Exército, segundo o OSDH.
Imagem divulgada pela oposição mostra bombardeio de forças do governo à cidade síria de Homs nesta quarta-feira (18) (Foto: AP)
Uma menina de nove anos foi morta a tiros na região de Damasco, segundo o OSDH, e sete membros das tropas do governo perderam a vida na explosão de uma bomba na passagem de seu veículo na província de Idleb (noroeste).
Várias manifestações foram realizadas pela manhã em todo o país, principalmente em Damasco e em sua região, percorrida pelos observadores internacionais encarregados de supervisionar a aplicação do cessar-fogo previsto pelo plano do emissário internacional Kofi Annan, segundo militantes.
Oito pessoas ficaram feridas pelos disparos das forças do governo em Erbine, a 7 quilômetros da capital, de acordo com o OSDH, e em Dmeir, a 40 km de Damasco, pelo menos sete pessoas foram presas.
Vídeos divulgados na internet mostraram centenas de manifestantes exigindo a queda do regime e brandindo bandeiras "da revolução".
"Juramos que não recuaremos, mesmo se o mundo inteiro estiver contra nós", gritavam os manifestantes em Ibtaa, na província de Deraa, segundo um vídeo postado por militantes.
Na terça-feira, o OSDH indicou 20 mortes, sendo 17 civis, em episódios de violência que comprometem a missão de observadores.
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Houve tiroteios nesta quarta na cidade síria de Erbin, na província de Damasco, durante visita dos monitores, afirmaram a mídia estatal síria e ativistas.
Imagens de vídeos amadores de ativistas, supostamente feitos em Erbin, na província de Damasco, mostraram dois carros brancos com sinais da ONU cercados por manifestantes anti-Assad.
O canal de televisão Ikhbariya disse que um "grupo terrorista" também tinha plantado uma bomba em um posto de controle, ferindo um membro das forças de segurança sírias.
Outro vídeo da Internet, que segundo ativistas foi filmado em Erbin, mostrou uma multidão de pessoas correndo por uma rua com o som de armas de fogo automáticas no fundo.
Há até agora apenas seis observadores da ONU na Síria, liderados pelo coronel marroquino Ahmet Himmiche. Na terça-feira eles fizeram uma viagem à a cidade de Deraa, no sul, aparentemente sem incidentes.
Nesta quarta, foram para Erbin, nos arredores de Damasco, escoltados por carros da polícia síria, e foram cercados por manifestantes que acenavam bandeiras e protestavam contra o presidente Assad.
A faixa dizia: "O açougueiro continua matando, os observadores continuam observando, e as pessoas continuam com a sua revolução. Nós nos curvamos apenas a Deus. "
Himmiche atravessou a multidão apertada vestindo uma boina azul da ONU e colete à prova de balas e entrou em seu veículo, onde falou em um alto-falante, aparentemente pedindo para a multidão se afastar e deixar os carros saírem.
A violência deixou mais de 10 mil mortos na Síria desde o início da revolta popular, no dia 15 de março de 2011, que tem sido violentamente reprimida pelo regime de Bashar al Assad, segundo o OSDH. A grande maioria das vítimas é civil.
O regime acusa "terroristas" de tentarem desestabilizar o país.

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