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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Candidatos encerram campanha na Venezuela em tom emocional

O encerramento de campanha, ontem (11), pelos principais candidatos à Presidência da Venezuela para as eleições de domingo (14) manteve a estratégia emocional utilizada durante os dez dias de campanha. A situação buscou resgatar a trajetória e o legado do presidente Hugo Chávez, reafirmando sua ligação com o candidato governista Nicolás Maduro. A oposição, representada por Henrique Capriles, tentou mostrar a oportunidade de conquistar uma “nova Venezuela”.

No comício hoje à noite em Caracas, para encerrar a campanha de Maduro, foram exibidos trechos com o final da campanha do presidente Hugo Chávez nas eleições de outubro do ano passado e do último discurso de Chávez em dezembro, antes de viajar para Cuba para ser operado em sua luta contra o câncer.

A multidão assistiu em um telão Chávez dizer: “Se algo acontecer eu peço que votem em Nicolás Maduro, porque ele é um dos líderes jovens com maior capacidade para a Presidência da República. Eu peço de coração”.  O comício teve a participação do ex-jogador de futebol argentino Diego Maradona e das filhas de Hugo Chávez.

A lembrança de Chávez também foi cultivada em cada grito de guerra: “Chávez para sempre, Maduro presidente!” O candidato lembrou sua relação pessoal com Chávez, que o escolheu para sucedê-lo e falou que o maior legado deixado pelo presidente morto foi a inclusão social. “Ele inaugurou uma época histórica e democrática de união e participação das maiorias que foram excluídas”, disse Maduro, prometendo continuar as missões sociais criadas por Chávez.
 
A oposição terminou a campanha na cidade de Barquisimeto, estado de Lara, no que chamou de Cruzada pela Venezuela. Capriles apostou em um discurso de promessas, prometendo manter programas sociais desenvolvidos por Chávez e valorizar o bolívar em relação ao dólar, resgatando o valor da moeda desvalorizada recentemente.

Capriles rejeitou os rumores de que haverá “caos” caso ganhe as eleições de domingo. “O que virá é uma Venezuela de vida e não de morte” e se fixou nas promessas de combater a violência no país, caso ganhe as eleições. “Vamos eleger entre a segurança para o povo e esse grupinho que está aí”, atacou Capriles, referindo-se ao governo interino de Nicolás Maduro.

Apesar de o comício de encerramento de campanha de Capriles em Caracas ter ocorrido no domingo (7), na região de Chacao, reduto oposicionista na capital, hoje houve algumas manifestações de apoio como carreatas.

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