As operações, no entanto, não conseguiram, até o momento, afastar problemas crônicos do Centro. O POVO percorreu alguns locais e constatou que os ambulantes permanecem ocupando calçadas, carros continuam estacionando irregularmente e a dificuldade de andar é a mesma. A diferença está na praça José de Alencar. Os ambulantes foram retirados, os veículos não estacionam mais em locais proibidos e a fiscalização permanece. Agentes da Guarda Municipal, Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) e fiscais da Secretaria Executiva Regional (SER) do Centro orientam motoristas e ambulantes.
Mas é só dobrar à esquina para os problemas começarem a aparecer. Na rua 24 de maio e na General Sampaio, os ambulantes disputam espaço. Na Alberto Nepomuceno, em frente ao Mercado Central, os vendedores que podiam ficar apenas na rua José Avelino ou no estacionamento - às quartas, quintas, sábados e domingos - tomam conta de partes da avenida. Na manhã de ontem, não havia nenhuma fiscalização no local. “Aqui não aumentou homem nenhum. Tem uns fiscais. Mas só vêm nos dias de feira”, ressalta o mototaxista Carlos Menezes, 40.
Ele, que costuma parar em frente ao Mercado Central, reclama ainda da falta de fiscalização do trânsito. “Todo dia tem moto de particular aqui”, aponta, mostrando uma moto estacionada no espaço destinado aos mototáxis. Na Praça do Ferreira, o problema de trânsito se repete. O POVO identificou policiais e fiscais da Prefeitura circulando pela praça. Mas não havia guardas municipais nem agentes da AMC. “Não vi diferença nenhuma. Tem muitos ambulantes nas ruas. Fica difícil andar, principalmente nas galerias Liberato Barroso e Guilherme Rocha”, reclama a telefonista Josenisa Matos, 45.
A titular da SER Centro, Luciana Castelo Branco, informou que não há fiscais em mais áreas do Centro porque “o contingente é limitado”. “Precisei priorizar pontos considerados mais críticos”, justificou. A secretaria é responsável pela operação. Segundo Luciana, são 150 auxiliares de fiscalização e 34 fiscais da SER Centro, divididos em três turnos. Já a Guarda participa com 30 agentes. A AMC reforçou a fiscalização com 60 guardas. A prioridade, informa a secretária, são os “pontos críticos”: praça José de Alencar, Praça do Ferreira, Praça da Estação e galerias Liberato Barroso e Guilherme Rocha. Os agentes da AMC, segundo o órgão, circulam ainda pelos cruzamentos da Barão do Rio Branco e da São Paulo.
Na avenida Alberto Nepomuceno, a fiscalização fixa acontece apenas em dias de feira. A secretária garante que há rotas móveis que fiscalizam nos outros dias. “Na hora que a equipe passar, se eles estiverem lá, é feita apreensão.”
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