A sentença de ontem foi fruto da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Nela, o juiz Alderico Rocha Santos disse que Cachoeira cometeu diversos crimes, como corrupção ativa, peculato e formação de quadrilha.
Segundo a acusação, o esquema de jogo ilegal era centrado em Goiás e no Distrito Federal e funcionava em diferentes esferas do poder público, atuando para conseguir contratos por meio de fraudes e cooptação.
Além de Cachoeira, foram condenados outras sete pessoas de seu grupo, dentre eles Lenine Araújo e Gleyb Cruz, auxiliares do empresário, o ex-sargento Idalberto Matias, o Dadá, acusado de espionar ilegalmente para o grupo, e o ex-vereador Wladimir Garcez, apontado como um dos braços políticos da quadrilha.
A sentença, que absolve Cachoeira de algumas imputações, deve ser contestada por recursos das defesas.
Histórico
A sentença de ontem foi o mais novo capítulo de um escândalo político que levou à criação de uma CPI no Congresso e à cassação do mandato do então senador Demóstenes Torres (ex-DEM).
São citados nas investigações a Delta, uma das maiores construtoras do país e da qual Cachoeira era “sócio oculto”, segundo a PF, e dois governadores: Marconi Perillo (PSDB-GO) e Agnelo Queiroz (PT-DF), cujas relações com o empresário são investigadas no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Cachoeira foi preso em sua casa em Goiânia, num condomínio fechado. Sua prisão anterior havia durado 266 dias.
Cachoeira já foi condenado em outro caso, decorrente da Operação Saint Michel, na qual é acusado de fraudar o sistema de bilhetagem do transporte público do DF. (das agências de notícias)
Nenhum comentário:
Postar um comentário